quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ensaio descritivo de pontinhos luminosos

       Da varanda de meu escritório, era capaz de definir a fronteira bem delimitada da cidade. Ela terminava junto com a luz. Para a minha esquerda, o horizonte cegava-me; era como se todos os pontos luminosos estivessem em uma fila justa, uma linha sem fim que apontava-me as dimensões imensuráveis daquela metrópole. Quando o grande astro se escondia, a lua não mais refulgia seus raios; sentia-se intimidada com aqueles infinitos pontos luminosos lá embaixo. Eram todos tão juntinhos que não se sabia se dançavam ou o que delineavam. 
Os faróis de carros, vistos daqui de cima, lembravam-me formigas usando lanternas, como aquelas dos desenhos animados.

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